Sobre mim

Meu nome de batismo é Natália, mas quem me conhece no íntimo da espiritualidade me chama de Elora. Outras me chamam de Nat. Algumas de Elô. Mas foi Elora Eileen que chegou a mim como um nome mágico, um chamado antigo que eu ainda nem sabia nomear quando pedi ao universo para me revelar algo que fosse meu. Anos depois, compreendi que Elora tem raízes gregas ligadas à luz e às tochas, como uma centelha da própria Hekate, que viria, no futuro, a se apresentar a mim em sonhos. Eileen também carrega um significado especial, mas hoje é mais sensação do que palavra. É abrigo.

Desde criança, eu soube que o invisível me chamava. Ninguém me empurrou, ninguém me forçou. Cresci em uma casa onde havia liberdade para acreditar, mas o chamado foi só meu. Com 10 anos, eu já fazia minhas práticas silenciosas, minhas simpatias escondidas, minhas oferendas inocentes à natureza, como a vez em que troquei uma fruta por um galho para fazer minha primeira varinha mágica. Meu primeiro bastão.

Cresci entre terreiros de Candomblé, budismo, hinduísmo e igrejas. Tudo me encantava. Tudo me ensinava. Vi uma primeira leitura oracular ainda criança, e logo desejei ter meu próprio diário mágico. Não fiz cursos. Aprendi com os mais experientes que cruzaram meu caminho, com os livros que alcancei, com as intuições que me guiaram.

Sou bruxa solitária por natureza, mesmo participando de alguns covens. Trabalho com o que vivi, com o que aprendi na pele e no espírito. Leio tarot, baralho comum, runas, pêndulo. Faço óleos e feitiços personalizados, rituais de bruxaria, hoodoo, Alta Magia cerimonial. E tudo que ofereço vem do que apliquei em mim primeiro. Não vendo fórmulas prontas. Ofereço caminhos possíveis em que a espiritualidade permite trabalhar por uma razão que só ela sabe.

A espiritualidade nunca foi um produto pra mim. Sempre foi o lugar onde eu existi de verdade. E talvez por isso hoje eu consiga fazer disso o meu trabalho. Porque antes de ser profissão, foi abrigo e foi chamado de alma

A Natália de 10 anos, que sonhava em ter um grimório, teria muito orgulho da mulher que eu sou hoje. E é com essa mesma alma de criança encantada que eu recebo cada pessoa que cruza o meu caminho espiritual.


Agora, vou me meter a escritora também hahah 

Seja bem-vinde à minha tenda.